Foto: Renan Mattos (Diário)
Forte temporal no ano passado deixou várias localidades alagadas.
Problema recorrente de Santa Maria, os alagamentos a cada chuva mais forte são certeza de transtorno para motoristas e moradores de casas em áreas com maior incidência desse tipo de episódio. A prefeitura acenou, ontem, com um aporte de R$ 48 milhões para a elaboração de um plano de enfrentamento a, pelo menos, 14 pontos de maior risco no município. Saiba quais são os locais:
1) Bairro Camobi
- Vila Jardim
- Avenida João Machado Soares
2) Bairros Salgado Filho e Divina Providência
3) Bairro Carolina
- Vila Brenner
- Túnel da Vila Waldemar Rodrigues
- São João Batista
- Vila José Paim
- Vila Oficina Ramos
4) Vila Santos, bairros Urlândia e Renascença
- Sanga da Aldeia
5) Distrito Industrial
- Afluente do Arroio Ferreira
6) Bairro Juscelino Kubitschek
- Vila Prado
- Jockey Clube
- Vila Ipiranga
- Rua Videiras
7) Bairro Chácara das Flores
- Vila Brasília
- Vila das Flores
- Rua La Paz
8) Bairro Noal
- Vila Arco-íris
- Vila Lídia
9) Bairros Campestre Menino Deus e João Goulart
- Região do Vacacaí-Mirim
10) Bairros Lorenzi, Tomazetti e Dom Antônio Reis
- Vila Tropical
- Alto da Lorenzi
- Rua David Ribeiro
- Rua Alfredo Saccol
- Rua Lídio Desconzi
- Rua Norizonte Figueiró da Rosa
11) Boca do Monte
- Corredor do Stefanelo (localidade Passo da Ferreira)
12) Passo do Verde
13) Bairro Pinheiro Machado
- Rua Rio Grande do Norte
- Rua Boa Vista
14) Bairro Caturrita
- Rua José Barin (afluente do Cadena)
O Executivo acredita que, até o fim do ano, seja possível lançar a licitação que contratará a empresa que ficará responsável por dar a largada no projeto de macrodenagem. Do valor, R$ 36 milhões são provenientes do Fundo Pró-saneamento, criado no ano passado, por meio de projeto de lei depois da renovação do contrato da prefeitura com a Corsan, pelas próximas três décadas. Os R$ 12 milhões restantes virão do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), empréstimo que o governo municipal obteve em 2018 junto à Caixa Econômica Federal.
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O recurso de R$ 48 milhões, reforça o chefe da Casa Civil, Guilherme Cortez, dará condições de um enfrentamento real e resolutivo a esses pontos que, historicamente, sofrem a cada chuva de maior intensidade. Cortez explica a matemática acerca dos números que embasarão os serviços de macrodrenagem. Segundo ele, desde a renovação contratual com a Corsan, a companhia já liberou a primeira parcela de R$ 12 milhões - já utilizada pela prefeitura, em 2018, para demandas de infraestrutura (recuperação asfáltica de avenidas) e da saúde.
Mas ainda há outras três parcelas (de igual valor) que serão pagas até 2021 pela Corsan. Já os R$ 12 milhões restantes, que fecham o recurso total de R$ 48 milhões, sairão do montante maior de R$ 28 milhões do Finisa. Ou seja, ainda restarão R$ 16 milhões para dar sequência ao asfaltamento de avenidas e ruas e às melhorias em acessos à zona rural, garante Cortez.
URGÊNCIA
Agora, a pressa é para que tudo dê a celeridade necessária para que a prefeitura possa dar a largada ao combate aos pontos de alagamento. Uma vez iniciada, as obras - que não têm data para começo - preveem um plano de drenagem que possa se valer de medidas estruturais na forma de obras, como galerias, que, assim, possam resolver ou minimizar a impermeabilização do solo.
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O chefe da Casa Civil enfatiza que essas obras de macrodrenagem irão conter as forças das águas pluviais. Com o investimento de R$ 48 milhões, a ideia é que, na prática, os alagamentos de ruas sejam contidos e as famílias possam se sentir mais seguras, em especial aquelas que moram em zonas consideradas de risco.
- O plano de macrodrenagem é a certeza de minorar o sofrimento daquelas famílias que vivem em áreas de constante alagamento - destaca o superintendente da Defesa Civil Municipal, Adão Lemos.
Lemos lembra que a prefeitura tem feito, na tentativa de minimizar os efeitos das fortes chuvas, a limpeza de galerias, bueiros e canais do perímetro urbano. Mas ele destaca a necessidade de uma conscientização ambiental por parte da população para que não descarte de forma indevida o lixo nas ruas, impedindo o escoamento da água da chuva.
DEFINIÇÃO
Adão Lemos acredita que a obra de macrodrenagem será uma solução definitiva para sanar o problema, que afeta vários pontos do município, principalmente nos bairros Campestre Menino Deus, Chácara das Flores, Passo das Tropas e Pinheiro Machado. A expectativa é de que, nesta sexta-feira, a prefeitura tenha definição dos locais que serão contemplados com os R$ 48 milhões.